Trabalho de Filosofia
2) “Na minha vida de fábrica, foi uma experiência única. [...] para mim pessoalmente, veja o que significou o trabalho na fábrica. Mostrou que todos os motivos exteriores (que antes eu julgava interiores) sobre os quais, para mim, se apoiava o sentimento de dignidade, o respeito por mim mesma, em duas ou três semanas ficaram radicalmente arrasados pelo golpe de uma pressão brutal e cotidiana. E não creio que tenha nascido em mim sentimentos de revolta. Não, muito ao contrário. Veio o que era a última coisa do mundo que eu esperava de mim: a docilidade.”1
Considerando o depoimento acima e o sistema fordista/taylorista, quais estratégias de controle dos operários foram criadas e qual o impacto da racionalização do processo produtivo na vida dos trabalhadores? (1,5)
3) Explique duas mudanças ocorridas no interior das fábricas no pós-fordismo. (1,5)
4) Por que os sindicatos se enfraqueceram na fase de acumulação flexível? (1,5)
5) Explique a seguinte afirmação: “Vivemos uma fase de desestabilização dos estáveis”. (1,25)
6)“Empresas como a Nike têm sido duramente criticadas pelas condições de trabalho impostas em suas fábricas nos países periféricos. A Nike é a empresa líder no mercado americano de calçados esportivos. Ela foi pioneira na transferência da produção de suas mercadorias para países em desenvolvimento como o Vietnã e a Indonésia. Na Indonésia, os trabalhadores das fábricas da Nike recebem um salário de cerca de 10 centavos de dólar por hora (o salário-mínimo americano é de cerca de US$ 5,00 por hora). É por essa razão que o custo da mão-de-obra da produção de um tênis da Nike representa cerca de apenas 4% do seu preço. A jornada de trabalho em suas fábricas chega a 16 horas diárias e a exposição a poluentes químicos no ar, como o tolueno, é normal. Uma campanha internacional visando à modificação das práticas trabalhistas da Nike teve apenas um pequeno impacto