Trabalho de Filosofia Canguilhem
O autor parte do princípio que desde os primórdios da história o ser humano busca as fontes do “pensamento”: o que pensamos? Como pensamos? Por que pensamos assim? Um dos principais motivos que nos incitam a questionar tal processo é o medo de perdermos nossa autonomia e sermos controlados por pessoas ou entidades que tenham conhecimento sobre o pensamento.
Para se iniciar um discurso acerca do “pensar” e (do órgão já conhecido como responsável por tal ação) o cérebro é necessário situar tal questão na história da cultura.
Vários pensadores dialogaram a respeito da real função do cérebro. Por exemplo: enquanto Aristóteles defendia a idéia de que o cérebro era responsável por ser moderador das funções do corpo do animal, Hipócrates defendia a idéia de que este era o órgão das sensações, movimentos e sentidos.
O autor inicia uma análise no século XIX a partir do dualismo entre positivismo e espiritualismo.
Descartes defendia a indivisibilidade da alma e a impossibilidade de desunião desta com o corpo físico uma vez que tal ligação se dava pela glândula pineal (atualmente conhecida como epífise). Críticos desta posição buscaram outro local no cérebro para atribuir a função de junção entre o corpo e a alma.
Gall, outro filósofo do século XIX, foi fundador da chamada “ciência do cérebro” que defendia a exclusiva importância do encéfalo (mais precisamente dos hemisférios cerebrais) como sede de todas as funções cerebrais. O cérebro é visto por ele, como responsável de todos os processos físicos e mentais.
A frenologia trazida para os EUA se transformou em frenologia aplicada, sendo usada como orientação profissional e até mesmo pessoal, ou seja, através da análise da forma do crânio, associada a seu conteúdo, as pessoas eram instruídas sobre suas profissões ou relacionamentos.
A frenologia é importante na psicopatologia, pois a partir dela foi possível fazer as primeiras ligações entre localizações