Trabalho de etica e cidadania
INTRODUÇÃO
Há muito que a educação formal vem sendo praticada com uma única preocupação: o conhecimento. Na escola ensina-se tudo o que está relacionado ao conhecimento, à instrução. É lá que os alunos vão aprender as regras gramaticais, as operações matemáticas, os acontecimentos históricos, os elementos químicos, as leis físicas, etc. etc; A educação escolar efetivamente é formal.
Dela o aluno pode sair como uma verdadeira enciclopédia, com informações sobre quase tudo.
Quase tudo, pois a questão central do processo educativo do ponto de vista pedagógico, a formação do ser humano, termina por ficar esquecida num canto qualquer da sala de aula.
A dicotomia existente entre conhecimento e vida salta aos olhos. O que se aprende na escola parece não relacionar-se com a vivido: o que é pior, o aluno, esta criança que tem na escola um dos seus primeiros passos de socialização, passa por esta instituição parte de sua vida e com raras exceções recebe uma formação que vise o seu desenvolvimento enquanto pessoa e cidadão.
Não é que a escola deva descuidar-se da transmissão do conhecimento. É que o conhecimento é apenas uma parte e não o todo da formação humana.
Enquanto humanos, somos seres sociais e políticos. Convivemos com outros indivíduos, temos uma vida pública. E não é simplesmente,a formação intelectual, o conhecimento, que nos ajuda na construção de novas relações sociais e de um convívio que aponte para uma sociedade mais humana porque mais justa e solidária. Disto decorre a necessidade de repensarmos as práticas educacionais em termos de ética e cidadania.
Uma questão particular quanto à educação para a cidadania merece destaque: apesar do
Estatuto da Criança e do Adolescente ter completado dez anos de existência, praticamente a escola desconhece-o, ou seja, desconhece a cidadania dos alunos, enquanto crianças e adolescentes. Este desconhecimento, por parte de uma escola tão centrada no conhecimento, deve ser vencido.