Trabalho de Ergonomia como Estrat gia
ERGONOMIA COMO ESTRATÉGIA
Reportagem de Lia Nara Bau / Colaboração: Diego Rosinha
Capa: Beto Soares/Estúdio Boom
Empresa comprometida com a saúde e segurança deve incluir a especialidade em suas ferramentas de gestão
A história da Ergonomia remete ao século XVII, quando o médico italiano Bernardino Ramazzini resolveu pesquisar a atuação dos seus pacientes no campo de trabalho. O médico foi o primeiro a escrever sobre as doenças e lesões ocasionadas pelo trabalho. Talvez ele não soubesse que estava traçando os primeiros fundamentos da Ergonomia. Mais tarde, numa junção das palavras gregas, "ergon" (trabalho) e "nomos" (lei natural), a ciência foi lançada pelo pesquisador polonês Wojciech Jastrzebowski, em um artigo publicado no ano de 1857.
A definição, da Associação Internacional de Ergonomia (IEA - sigla em inglês), é que Ergonomia é a disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. A prática foi tomando ainda mais força após a Revolução Industrial, quando houve a intensificação do trabalho. Hoje é condição "sine qua non" para todas as empresas que quiserem obter resultados satisfatórios nos seus empreendimentos.
Para a IEA, em todas as definições de Ergonomia existe a conexão de melhores condições de trabalho e melhor performance dos sistemas produtivos. Do ponto de vista de seus campos de ação, seus domínios de especialização, a Ergonomia pode ser dividida em física, cognitiva e organizacional.
Para o consultor e mestre em Ergonomia, Márcio Marçal, os desafios atuais da Ergonomia têm sido os problemas de ordem organizacional do trabalho. "Ainda existem as doenças como as LER/DORT, mas tem surgido um número cada vez maior de doenças relacionadas a depressão, estresse, entre outros transtornos", comenta.
Segundo ele, a pressão por qualidade é muito grande, o que leva a mudanças no adoecimento, partindo para uma ordem cada vez mais psíquica. "Para o gerente do