Trabalho de economia p
Nesse capítulo, o autor fala que vivemos numa época marcada por uma aguda crise e inúmeras mistificações. Valores, concepções, ideários, todos eles moldados por manipulações que penetram como enorme intensidade em milhões de consciências e cuja finalidade é mascarar a dimensão aguda da crise contemporânea. A primeira delas, responsável pelo entendimento que se propagou, a partir da derrocada do Leste em 1989, com o desmantelamento da URSS e praticamente de todos os países que compreendiam o equivocamente chamado “bloco socialista”. A segunda: a crença da vitória do capitalismo, que teria, com a derrota do Leste, criado as condições para sua eternização. Uma revolução singular, que contava com sua expansão para o Ocidente para que pudesse sobreviver, viu tolhido este caminho, restando-lhe a expansão para o Oriente, para os países atrasados, de origem colonial. O reino da escassez, o atraso tecnológico, a permanência de uma divisão do trabalho só parcial e limitadamente modificada, a dependência financeira crescente ao capital internacional são algumas das muitas manifestações da crescente subordinação dos países do Leste Europeu á lógica do sistema produtor de mercadorias em escala internacional. Garantidos por uma autocracia partidária e estatal de feição neo-stalinista, o que possibilitado, até o presente, o sucesso econômico desse modelo. Desse modo, uma postulação essencial de Marx – sobre a necessidade de uma generalização das revoluções socialistas num plano histórico-universal, e da impossibilidade do comunismo local foi confirmado e não negada com o desmoronamento do Leste europeu. Paralelamente á globalização produtiva, a lógica do sistema produtor de mercadoria acentuou em tal intensidade a concorrência inter-capitalista que converteu a busca da produtividade, da modernidade, em um processo autodestrutivo que gerou, entre outras conseqüências nefastas, a criação sem