Trabalho de Direito e Cidadania
Daniela Silva de Lourenço1
Introdução
Estamos vivendo em uma época pós- modernismo, onde passamos por profundas transformações nas esferas científicas culturais e sociais. Em que a sociedade se torna refém do consumismo, tempo e espaço são reduzidos a fragmentos; a individualidade predomina sobre o coletivo e o ser humano é guiado pela ética do prazer imediato como objetivo prioritário.
Vivemos em um país que reverência muitos dos seus artistas e políticos que fizeram parte da constituição do país nação. Fato que demonstra estes dados são a construções de monumentos espalhados Brasil a fora. Monumentos estes em maioria localizados em praças públicas ou parques.
Mas o nosso mudo globalizado vem sofrendo grandes transformações culturais e sociais, com a inserção da formação de grupos de vandalismo, que se dizem ser oprimidos ou excluídos da sociedade, ou aqueles que renegam a aceitar atos regras ou condições já estabelecidas no meio social. Uma forma de manifestação desses grupos é a pichação onde acabam pichando monumentos culturais ou prédio e muros de propriedades públicas ou particulares.
Já no Brasil, a pichação teve início com o regime militar na década de 60, usualmente empregada como forma de manifestação política pelos jovens do movimento estudantil contrários ao regime (MORAES, 2013).
Já dizia Silveira, 1991, o fenômeno da pichação definida como a prática transgressora de produzir escritos cifrados nas paredes de prédios e locais públicos das médias e grandes cidades, se alastra vertiginosamente no contexto urbano brasileiro atual. O sentido psicossocial do fenômeno articula processos identitários de seus autores, geralmente organizados em grupos de adolescentes, com matizes relacionados à transgressão, tanto em sua origem como nos seus desdobramentos.
Em 1991 Silveira definia pichação como um fenômeno definido como prática transgressora de produzir escritos cifrados nas paredes de prédios e locais