Trabalho De Cr Ticas Liter Rias
Metrificação
(Versos de Uma Sílaba)
Se (Paulo Leminski)
Se
Nem
For
Terra
Se
Trans
For
Mar
(Versos de Duas Sílabas)
A valsa,(Cassimiro de Abreu)
Tu, ontem na dança que cansa, voavas (Versos de Três Sílabas)
Amei em cheio (Paulo Leminski)
Amei em cheio
Meio amei-o
Meio não amei-o
(Versos de Quatro Sílabas)
Poema Enjoadinho (Vinicius de Moura)
Filhos...Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
(Versos de Cinco Sílabas)
Os Sapos (Manuel Bandeira)
Enfunando os papos
Saem da penumbra
Aos pulos, os sapos
A luz os deslumbra
(Versos de Seis Sílabas)
Stella (Machado de Assis)
Já raro e mais escasso
A noite arrasta o manto
E verte o último pranto
Por todo vasto espaço.
(Versos de Sete Sílabas)
A Palmeira (Machado de Assis)
Como é linda e verdejante
Esta palmeira gigante
Que se eleva sobre o monte!
Como seus galhos frondosos
S’elevam tão majestosos
Quase a tocar no horizonte!
(Versos de Oito Sílabas)
Flor da Mocidade (Machado de Assis)
Eu conheço a mais bela flor
És tu, rosa da mocidade
Nascida, aberta para o amor
Eu conheço a mais bela flor
Tem do céu a mais serena cor
E o perfume da virgindade
Eu conheço a mais bela flor
És tu, rosa da mocidade.
(Versos de nove Sílabas)
Carolina (Machado de Assis)
Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e virei, pobre querida
Trazer-te o coração do companheiro.
(Versos de Dez Sílabas)
A Máquina do Mundo (Carlos Drummond de Andrade)
E como eu palmilhasse vagamente
Uma estrada de Minas pedregosa,
E no fecho da tarde um sino rouco
(Versos de Onze Sílabas)
Uma Criatura (Machado de Assis)
Sei de uma criatura antiga e formidável
Que a si mesma devora os membros e as estranhas,
Com a sofreguidão da fome insaciável
Habita juntamente os Vales e as montanhas
E no mar, que se rasga à maneira do abismo
Espreguiça-se toda em convulsões estranhas.
(Versos de Doze Sílabas)