Trabalho de Biologia
N:35 serie :2c
Crise do Escravismo, Algo Sobre
A crise do escravismo e a transição do trabalho assalariado
Quando do fim da segunda década do século XIX, um pouco mais da metade da população brasileira
era composta de escravos. Contudo, já no fim do Império, a situação já mudara, pois novos grupos
sociais formavam-se, provocando mudanças na economia e política.
Em 1850, o governo brasileiro fez cumprir uma lei promulgada por ele próprio, mas sob forte
pressão do governo inglês, proibindo o tráfico negreiro no país. Com a carência de mão-de-obra
escrava os fazendeiros do café passaram a substituir o trabalho do cativo pelo trabalho livre,
assalariado, geralmente imigrantes. Estes podiam criar animais e fazer pequenas roças nos quintais
das casas onde moravam, dentro das próprias fazendas. Mesmo com baixos salários, alguns deles
chegaram a melhorar de vida, juntar algum dinheiro e comprar terras ou mudar para São Paulo,
onde abriram lojas ou pequenas fábricas.
Quanto a escravidão, aos poucos a campanha abolicionista começou a ganhar terreno. Jornalistas
políticos e escritores uniram-se na luta para a libertação dos escravos. Até mesmo as pessoas mais
humildes (os maquinistas dos trens que cruzavam as fazendas paulista, por exemplo, diminuíam a
marcha para ajudar os escravos a pularam no trem, escondendo-se entre as mercadorias até
chegaram a Santos, de onde iam para o Quilombo de Jabaraquara) já eram favoráveis à libertação
dos negros. Até mesmo os fazendeiros, especialmente aqueles que não tinham mais escravos,
ficaram a favor do movimento abolicionista, pois, com o fim do tráfico, os paulistas compravam
cativos do Nordeste, em face a decadência dos senhores de engenho. Contudo, o dinheiro que se
pagava por um escrava, nessas condições, daria para pagar dez anos de salário a um trabalhador
livre. E o escravo, na maior parte das vezes, não aguentava mais que dez