trabalho de antropologia
A antropologia estuda natureza e cultura humana numa análise descritiva e comparativa que gera um panorama do ser humano em suas várias manifestações. De acordo com Rafael José dos Santos, antropologia não tem um conceito claro, ela é um conjunto de teorias, métodos e técnicas de pesquisas que buscam explicar, compreender ou interpretar as relações entre pessoas de uma sociedade. Surgiu na Europa no século XI, teve uma forte ligação com o surgimento do capitalismo e fortes influências do positivismo, evolucionismo, etc. A antropologia jurídica, por sua vez, é a aplicação de métodos embasados nas teorias antropológicas nas instituições do direito de um país. Basicamente, a antropologia jurídica é o estudo das normas de convívio social da sociedade com uma visão antropológica e uma maneira de ver os casos jurídicos com outros olhos. A antropologia jurídica pode ajudar os operadores de direito a resolverem casos fazendo uso de princípios antropológicos, com o intuito de fazer o melhor para a sociedade e para seus integrantes. O vídeo “Uma História Severina”, o qual conta a história de uma mulher que estava grávida de um feto anencéfalo e que queria realizar um aborto, porém ficou à mercê do Supremo Tribunal Federal, é um exemplo de como a antropologia jurídica pode contribuir no direito. No vídeo, Severina, que está no quarto mês de gestação, teve que esperar uma decisão dos ministros que se baseavam unicamente em princípios antropológicos para conseguir realizar o aborto. Após três meses discutindo se o feto anencéfalo realmente não possuía o direito de nascer, os ministros aprovaram a liminar que permitia que Severina pudesse realizar a interrupção da gestação. É nesse e em muitos outros casos que é possível perceber como a antropologia é fundamental para a sociedade e para os homens e mulheres que vivem nela. A antropologia jurídica