Trabalho de Agressa o Resumo

5.2 Vírus da raiva (RabV) e Lissavírus Relacionados
5.2.1 Histórico
A raiva é uma das doenças mais documentadas na historia, sendo reconhecida há pelo menos 4 mil anos. A história da raiva cita Demócrito, estudioso que verificou a raiva nos animais, há cerca de 500 anos a.C. O filósofo grego Aristóteles acreditava que a raiva não era transmitida ao homem e, somente no século XIX, Zinke (1804) demonstrou que a raiva era uma doença contagiosa, provando que a saliva de um cão infectado, colocada sobre a ferida aberta de um cão saudável, era capaz de transmitir a doença.
Louis Pasteur, entre 1881 e 1885, desenvolveu o método de transmissão do vírus da raiva em coelhos, chamado de “Vírus Fixo”. Uma amostra que, quando inoculada apresentava um período de incubação (7-8 dias) e morte (10-12 dias). Surgiu, a partir dessa amostra, a primeira vacina contra a raiva desenvolvida por Pasteur e seus colaboradores.
Pasteur buscou inativar o agente pelo calor brando, mantendo as medulas de coelhos dessecados em estufas a 37ºC. Após 9 a 10 dias de incubação, a patogenicidade do agente era reduzida.
A série de injeções iniciava com suspenções de medulas dessecadas por 9-10 dias e, assim progressivamente. Procedimento aplicado no menino Joseph Meister, em 1885, que foi mordido por um cão raivoso e sobreviveu a este ataque.
Em 1903, Adelchi Negri descreveu os corpúsculos de inclusão intracitoplasmáticos característicos em neurônios, o qual os denominou de Negri Bodies ou corpúsculos de Negri. As inclusões podem ser visualizadas por coloração de Mann Giemsa ou pelo método de Seller, onde aparecem com uma coloração carmim ou magenta, contendo em seu interior grânulos mais escuros e basófilos.
Nos anos 60, a imunofluorescência direta tornou-se o principal método de diagnostico, por conta de sua sensibilidade e especificidade, permanecendo até o presente momento.
5.2.2 O Agente O RabV é da família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus e foram identificados, até o momento, 12 genótipos do