trabalho da unopar
INTRODUÇÃO
O Brasil está envelhecendo rapidamente. A população idosa, definida, segundo a Política Nacional do Idoso, por indivíduos de idade superior a 60 anos, é o seguimento que cresce mais rapidamente no país. O envelhecimento populacional produz impacto direto nos serviços de saúde. Diferentemente do que ocorreu nos países desenvolvidos em que o envelhecimento deu-se lentamente, permitindo uma progressiva adaptação à nova realidade, o sistema de saúde brasileiro assiste a uma mudança recente de perfil de morbidade, onde as doenças infecto-contagiosas agudas da infância e do adulto jovem subitamente convivem com doenças crônico-degenerativas da população que envelhece15. O objetivo deste trabalho é traçar um panorama do impacto do envelhecimento populacional sobre o uso de serviços de saúde.
É fato bastante conhecido a melhora significativa das condições de saúde no país, a redução dos níveis da fecundidade e da mortalidade e seu impacto sobre a estrutura etária. A redução da fração jovem da população e a ampliação absoluta e relativa da população idosa produzem conseqüências de várias ordens-demográficas, socioeconômicas etc. Uma das mais importantes diz respeito às demandas de saúde.
O crescimento do número de idosos e as implicações desse crescimento na construção de um novo perfil epidemiológico de atenção à saúde, caracterizando um período de transição epidemiológica, em que enfermidades infecto-parasitárias coexistem com a elevação da prevalência de doenças crônico-degenerativas [Baer, Campino e Cavalcanti (2000)], refletem-se em mudanças na estrutura da atenção de cuidados hospitalares e na conseqüente elevação dos custos de atenção médico hospitalar. Esse estudo investiga as prevalências de morbidade na