Trabalho da familia
4 de setembro de 2012
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Por Guy Franco
Nos últimos anos, o número de casais com filhos diminuiu consideravelmente em todo o país. A estrutura familiar brasileira já não é mais a mesma de vinte ou trinta anos atrás, quando usávamos ombreiras e mullets como forma de contraceptivo. Existem cada vez mais casais sem filhos, mães solteiras, pais separados, idosos que moram sozinhos, solteironas que moram com os gatos em apartamentos minúsculos, colônias de asiáticos que moram em minivans e casais gays. A família brasileira está de cara nova. A maioria dos lares já não é mais composta por pai, mãe e filhos, mas sim um novo arranjo familiar que se forma de acordo com a necessidade de cada um.
Para o professor de Psicologia da Família Unida Indiretamente (PFUI), Alex Avelar, essa é uma tendência mundial importada de países desenvolvidos com água tratada. "Até 2780 o modelo familiar será composto de 0,8 habitantes por casa", afirma. "Caminhamos para um mundo onde ter um filho será a 35ª preocupação de uma pessoa, atrás de TV a cabo, viagem para a Europa e a sobremesa", brinca o professor.
Não é difícil de encontrar uma estrutura familiar fora dos padrões estabelecidos pela ABNT. Marcelo Pereira dos Santos e Cláudio Menezes são casados há 11 anos e dizem nunca terem sofrido preconceito por morarem juntos. "Casamos para irritar nossos pais. Não deu certo. Eles nos aceitaram numa boa. Não entendo por que casamento gay é visto como maravilha revolucionária enquanto uma mulher que deseja casar se passa por sonsa e Amélia", diz Marcelo, jogando o cabelo para o lado. Apesar da pressão do meio em que vivem, o casal não pretende adotar uma criança. No entanto, estão negociando com um asilo para cuidar de um senhor judeu com Alzheimer para ser o avô que ambos nunca tiveram. "Queremos uma influência de outra geração e outra cultura aqui em casa. Alguém com mais experiência de vida e que saiba contar histórias de guerra repetidas