Trabalho Completo

Universidade Estadual Paulista ‘Júlio de Mesquita Filho’ Faculdade de Ciências e Letras – Campus Assis Curso Engenharia Biotecnológica

Vacina humana contra leptospirose

Discentes: Amanda de Andrade Sousa Bruna Martins Garcia Bruna Pereira Sorroche Gabriela Stella Mazali
Docente: Karina Alves de Toledo
Engenharia Biotecnológica

Assis - SP
2014

1. Introdução
A leptospirose é uma zoonose causada por uma espiroqueta da família Leptospiracea, do gênero Leptospira, que compreende duas espécies, L. interrogans.l. (patogênica) e L. biflexas.l. (saprófita). Essas bactérias são aeróbicas obrigatórias e apresentam morfologia típica em forma de gancho, com um comprimento entre 6 e 20 μm e diâmetro de 0,1 μm. Comum dessa família, as leptospiras apresentam uma membrana dupla. A membrana citoplasmática e a parede celular de peptidoglicano são revestidas por uma membrana externa (CULLEN et al., 2004). É nesta membrana externa que se encontram as proteínas, os lipídeos e os lipopolissacarídeos (LPS) que apresentam relevância antigênica (FAINE et al., 1999). A temperatura ótima para as leptospiras está entre 28 ºC e 30 ºC e o pH entre 6,7 e 7,4. Porém, nos organismos dos hospedeiros encontram temperaturas elevadas e apresentam a capacidade de se adaptar a essa nova condição (FAINE et al., 1999).
A leptospirose acomete animais silvestres, domésticos e o homem. Este último é considerado hospedeiro acidental e terminal, não sendo eficiente na transmissão da doença (OLIVEIRA et al., 2009). No homem, apresenta um período de incubação de 7 a 14 dias e estima-se que cerca de 90% dos casos evoluem como doença febril autolimitada. Porém, nos 10% restantes, se torna uma doença grave e letal (PLANK e DEAN, 2000).
Os disseminadores mais comuns são os ratos, que eliminam o patógeno na urina (BHARTI et al., 2003; MARINHO, 2008). Todavia, os cães também podem eliminar as leptospiras por