Trabalho com redução do homem à condição análoga à de escravo e dignidade da pessoa humana
Com o desenvolvimento da cultura e do progresso científico, o trabalho se desenvolveu de simples labor manual (com técnicas e objetos rústicos) para os mais elaborados, como na arte de confecção de armas em metal, o uso de arados e da química (como o uso da pólvora).
O homem passava por uma lenta, mas contínua, revolução tecnológica. Nos idos das primeiras sociedades complexas, existiam o trabalho exercido por homens livres e por escravos, ou advindos de dívidas que não poderiam ser pagas ou através de guerras na forma de espólios humanos que eram vendidos ou trocados por mercadorias.
No entanto, a escravidão não era uma novidade (pois já existia na Península Ibérica no século XV) quando fora transplantada nos séculos XVI e XVII para a América do Sul e a região caribenha, mas na forma de escravos africanos. Diferente da escravidão da Antiguidade, a nova escravidão da Idade Moderna transformaria o ser humano – na forma do negro africano e dos descendentes afro-americanos – em objeto cuja utilidade se estendia até o momento em que era útil para o processo de produção do latifúndio agroexportador. Caso o escravo ficasse doente ou não tivesse mais condições de trabalho, ele era descartado à própria sorte ou para que amargurasse a vinda infalível da morte.
O contraste do status quo (uma sociedade agrária na estrutura, escravocrata na técnica de exploração econômica e híbrida na composição étnica) do sistema econômico do Brasil Colônia era eminente quando colocado contra os sempre crescentes princípios liberais que se faziam presentes no cenário político da época.
No passar dos anos, a economia tornou-se mais dinâmica e com os portos locais mais