Trabalho CME

INTRODUÇÃO

A história da Central de Material e Esterilização (CME) é muito remota, ou seja, vem deis do século XX, onde ainda o trabalho do enfermeiro não era reconhecido, obtendo poucos recursos, muitas vezes os mesmos eram antiquados e situava em péssimo local. O trabalho não era valorizado no conjunto da prática social da enfermagem, entendia-se que o trabalho na CME deveria ser feito pelos profissionais com dificuldades na assistência direta ao paciente, por aqueles que tinham algum desajuste e/ou por aqueles que eram considerados ineficientes para outras áreas que visavam profissionais mais capazes, havia um sentido desqualificatório e pejorativo a esta área da enfermagem. A valorização da CME, nos últimos 25 anos, aconteceu devido a três fatores e suas repercussões: 1°. Emergência e gravidade da infecção hospitalar endógena e multiresistente;
2°. Exposição ocupacional a substâncias orgânicas e riscos de transmissão de doenças consideradas epidemiologicamente graves (hepatites B e C, AIDS, tuberculose, etc.);
3°. Revolução tecnológica dos instrumentos de intervenção, entre eles os artigos médico-hospitalares, fazendo com que houvesse uma demanda de novos desafios para seu re-processamento e reutilização. Tal ligação de fatores ocasionou uma nova visão da CME, referente á instalações, local, equipamentos e metodologias de trabalho e de controle de qualidade sendo baseados em conhecimento científico. Em efeito a esta visão, foi exigido um trabalhador melhor qualificado e atualizado, houve crescimento na produção de estudos pelos enfermeiros, estabelecendo uma fundamental área de saber desses profissionais e representando um significativo grau de autonomia e especificidade.
O trabalho na CME pela enfermagem e administrado pelo enfermeiro é previsto pela Lei do Exercício da Enfermagem e na Resolução SS-392, e também defendido por vários autores.
A CME é uma das unidades mais importantes do hospital, tanto do ponto de vista econômico, quanto