Trabalho Capitães de Areia
ANÁLISE DA OBRA
Obra escrita em 1937 exatamente no momento que o Brasil passava pelo Estado Novo. Sua primeira edição foi queimada em praça pública em plena ditadura getuliana. Nessa realidade o escritor se manifesta fortemente opositor ao regime ditatorial de Vargas, foi preso, inclusive por isso, em 36 e 37. Em 1945, vejam só, ele se elege deputado federal pelo PCB do Estado de São Paulo, após voltar do exílio, criou diversas leis de incentivo à cultura. A trajetória da sua obra não menosprezou estes acontecimentos, relatou a realidade e o modus vivendi do soteropolitano, dos desfavorecidos, principalmente.
Capitães da Areia foi escrito nesta época de grande furor em sua vida, acabado de sair da faculdade, cenário político crítico, escritores e artistas em geral, resolveram denunciar as injustiças sociais, característica principal do Modernismo da geração de 30 (Graciliano Ramos, Raquel de Queirós, José Lins do Rego) sem desprezar, no entanto o lirismo.
De um modo geral, o livro descreve o cotidiano, o modo de agir, de conviver em sociedade para sobreviver de um grupo de garotos e adolescentes marginalizados que lutam por alimentos, dinheiro e abrigo.
No começo do livro o leitor se depara com cartas e reportagens citando esses garotos como os “Capitães da areia”, ou seja, tem caráter verídico. O narrador, numa linguagem coloquial, tece uma crítica objetiva e detalhada, num tom lírico demonstrando como a sociedade leva as crianças ao crime.
Resumo
No início da obra há uma série de reportagens fictícias que explicam a existência de um grupo de menores abandonados e marginalizados que aterrorizam a cidade de Salvador e é conhecido por Capitães da Areia. Após esta introdução, inicia-se a narrativa que gira em torno das peripécias desse grupo que sobrevive basicamente de furtos. Porém, apesar de certa linearidade, a história é contada em função dos destinos de cada integrante do