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A aviação comercial no Brasil se desenha cada vez mais para a redução no número de companhias aéreas e o predomínio de quatro delas: Avianca, Azul, Gol e TAM. É um cenário que mostra certa competitividade, mas com grande concentração de mercado. Poderia ser melhor.
Essas quatro principais representam 99,29% do mercado doméstico, no acumulado de janeiro a junho de 2014, segundo os dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Além disso, as duas maiores, Gol e TAM, somam 74,17% de market share. É muita concentração para apenas duas empresas aéreas.
Market share de companhias aéreas no Brasil, acumulado jan/jun 2014 (Fonte: Anac)
Dificilmente nos próximos anos veremos esse cenário mudar, exceto pela penetração maior da Azul e da Avianca, que podem “roubar” parte do mercado de TAM e Gol. Além disso, por ser um setor muito complexo e com alta demanda de investimentos, não há muito espaço para novas companhias aéreas capazes de rivalizar com as atuais.
Claro que já teve situação pior, de concentração exagerada. E recentemente. Voltemos para 2008, ano em que TAM e Gol/Varig dominavam 92,76% do mercado de transporte aéreo regular de passageiros. Não havia concorrência, o que começou a mudar com a entrada da Azul e o crescimento da Avianca, ex-OceanAir.
Há o outro lado também. No início dos anos 2000 a aviação comercial brasileira não vivia momentos muito bons economicamente, com o fechamento de companhias aéreas tradicionais, como a TransBrasil e a Vasp. Mesmo assim, do ponto de vista da concorrência, havia mais opções para os passageiros e a divisão das riquezas era mais igual.
Em 2000, seis empresas aeroviárias tinham mais de 10% do mercado. Quem detinha a maior fatia era a Varig, com 32,51%. Só que para dividir o bolo havia a TAM, TAM Regional, TransBrasil, Rio Sul e Vasp.
Market share de companhias aéreas no Brasil em 2000 (Fontes: DAC e Anac)
Há um indicador chamado de Herfindahl-Hirschman Index (HHI), que mede o