TRABALHO AVA 2015
Um processo de transformações na estrutura do sistema econômico mundial, decorrentes das inovações tecnológicas alcançadas. Nessa nova estrutura, as grandes corporações internacionais passaram a ter um papel cada vez mais preponderante. A tal ponto que muitos autores vislumbram uma substituição paulatina do papel dos Estados nacionais na organização do sistema mundial, por essas grandes corporações. Até que ponto pode-se afirmar que os Estados nacionais estão sendo relegados a um papel secundário nas Relações Internacionais? Estudando a estrutura das empresas transnacionais, verifica-se seu alto grau de dependência, apesar das aparências em contrário, com as nações a que pertencem. O prisma teórico realista permite levantar a hipótese de que, ao contrário do que se costuma ouvir, as empresas transnacionais podem não estar se sobrepondo aos Estados nacionais, mas sim tornando-se o instrumento que esses Estados têm na tradicional disputa pelo poder dentro do sistema internacional. O Brasil vem adotando, desde o início dos anos 90, um modelo de desenvolvimento que se integra perfeitamente a esse discurso da globalização econômica. O efeito dessa expansão da economia-mundo capitalista é devastador, principalmente no que tange à acentuação da miséria e da concentração da renda. Esse modelo não se adequa portanto ao que chamamos de “desenvolvimento includente”. Enfim, o mundo parece perpetuar um modelo baseado no eterno “equilíbrio da desigualdade”. Os instrumentos postos em prática pelos países que detêm a hegemonia do poder mundial, para manter o status-quo polarizador do sistema, transcendem o âmbito econômico e são de ordem político, cultural e até militar. O outsourcing tem se apresentado como uma modalidade de negócio bastante disseminada nesta última década, tendo evoluído de atividades secundárias e de produção para atividades mais essenciais e de serviços. Em outros termos, esta prática tem deixado simplesmente de ser uma