trabalho amanda
Em um dos tópicos do guia, intitulado como os pais devem ajudar as crianças na navegação, os estudantes pontuaram, entre outras coisas, que os responsáveis precisam acompanhar e fiscalizar o que os filhos fazem na internet e ter acesso à senha das contas pessoais. Mas as regras, segundo os alunos, não valem para eles, que têm entre 9 e 11 anos. Valem para as crianças menores. Os pequenos formuladores dizem que já têm responsabilidades e mais ainda: direito à privacidade.
Como é forte o posicionamento das crianças neste sentido. Elas são capazes de argumentar com lógica e persuasão. O antigo e simples “eu quero” passa a ser complementado por “eu tenho direito”. Sim, elas têm direitos, que são, cada vez mais, ratificados em legislações nacionais e internacionais. Isso não se discute.
O que merece uma reflexão — conjunta de pais/responsáveis, professores e estudantes — é quais são os limites destes direitos. Quais são os limites da privacidade, da liberdade? As crianças estão preparadas para assumir as consequências de tal privacidade/liberdade? E quais seriam os deveres? Até que ponto este raciocínio — crianças portadoras de direitos — pode servir como justificativa para os adultos não se posicionarem/envolverem de forma positiva e efetiva na educação das crianças? Qual é o lugar do adulto nesta relação?
O documento não teve o objetivo de ditar regras e formas de conduta, mas de disparar exatamente um diálogo entre família