Trabalho acadêmico de Pesquisa de Marketing
Raquel Monteiro
Comunicação Social – P.P. – Noite – 3º Período
Prof.: Aytel Fonseca
Rotina = Traição
Acordar cedo, tomar banho, sair correndo para pegar o metrô. Chegar no trabalho às 9h, sair às 12h para um suposto almoço, fazer uma ligação e entrar no motel com uma desconhecida. Voltar pro expediente, chegar em casa e dar um beijo de boa noite na mulher ou namorada. Essa é a rotina de muitos homens. E essa naturalidade com que a traição é tratada vem de um princípio clichê feminino: homens são todos iguais e não valem nada, portanto traem.
Então eu pergunto: é da natureza do homem a condição de traidor?
Cada vez mais vejo pessoas justificando o fato de não quererem romper com as supostas namoradas perfeitas, mesmo achando a relação sem graça. Aquela coisa meia-boca que deixa a vida sexual meia-bomba e por aí vai. Mas isso é natural. Não que justifique como certo ou errado, mas é natural. Seguindo uma linha simples de raciocínio, a gente consegue entender porque a traição é encarada como uma coisa normal e que pode vir a fazer parte de toda e qualquer relação: antes daquele relacionamento, ele sentia tesão por outras pessoas. O tesão por outras pessoas não morreu quando se aceitou tomar parte de uma relação mais séria. Ele só abre mão da liberdade do “pau louco” porque tem outros motivos que o fazem dar mais valor à mulher/namorada do que o sexo com outras.
Homem é um ser prático que prefere manter os outros aspectos do relacionamento como estão e saciar esses desejos sexuais com outras mulheres, principalmente prostitutas, pela falta de envolvimento pessoal e emocional. É coisa de moleque? Pode ser. É coisa de quem não presta? Pode ser. Mas o real motivo pelo qual traições ocorrem é a falta de comunicação e o comodismo. Relações mais longas tendem a cair na rotina e fazer com que uma das partes (ou ambas) perca o tesão na outra. E daí, aquela coisa chamada senso prático e o instinto visual masculino