Trabalhismo
Leonel Brizola Neto1
Wendel Pinheiro2
“É preciso pensar o futuro se desejarmos ter algum.”
Mauro Zacher
A máxima acima foi concebida a partir de um texto chamado “Novos Rumos para o Trabalhismo”, de autoria do Vereador Mauro Zacher. A partir de uma série de análises, sob o pano de fundo de “atualização” das premissas e concepções trabalhistas, a sua obra vem pontuando, a partir de uma série de críticas, sobre o “anacronismo” do ideário trabalhista, frente às demandas pontuais do século XXI.
Assim, usando-se, para isso, de um breve marco teórico, a partir da rápida análise sobre a “Teoria da Reflexividade” de Anthony Giddens, Zacher utiliza-se do texto para fazer uma série de críticas ao conjunto de práticas (ditas indefinidamente e mal aplicadas como “tradição”) e concepções advogadas pelo atual trabalhismo, sem apresentar, contudo, propostas consistentes, claras e precisas àquilo que ele denomina como “novos rumos” para o trabalhismo.
Salvando o penúltimo parágrafo, numa sintética e vaga proposição sobre a Reforma Política, talvez, parte das suas proposições se encontrem nos 10 pontos postos por Mauro Zacher, nas páginas 10 e 11, sem que houvesse um maior detalhamento de cada um destes elementos. Igualmente, o cerne daquilo que o motivaria a confeccionar este documento se encontra no fim da página 7 e no último parágrafo de sua obra, onde diz que
“Na tradição política, os guardiões são costumeiramente os ‘chefes’ partidários, de quem se espera a capacidade de ‘purgar’ o partido daqueles que, por não estarem subordinados à tradição, só podem ser compreendidos como ‘ovelhas desgarradas’. Sobre estes, deve pesar a mão disciplinadora das instâncias partidárias e, no limite, configurada a ‘traição’, os que se apartam da tradição devem ser eliminados. (...)
Para tudo isso, o PDT é um projeto que também precisa ser renovado. Não há caminho melhor para isto do que a diferenciação