Trabalhando Com Fam Lias
Um breve histórico
A família nuclear conjugal moderna – quer dizer, pai, mãe e filhos – da forma como é definida hoje em dia, não foi sempre assim. Foi a consequência de mudanças na forma de atuação de outras instituições, como o Estado e a Igreja, que, há cerca de três séculos, começaram a valorizar o “sentimento de família”.
Mais tarde (séc. XIX e início do séc. XX), as famílias das classes trabalhadoras também acabaram adotando o modelo da família nuclear burguesa, quando foram forçadas a deixar o campo e ingressar no trabalho em indústrias nas cidades.
Foi o modelo europeu dos colonizadores que se impôs como modelo social de família.
Em nosso país, assim como em outras colônias que receberam escravos, o modelo matrifocal tornou-se o mais comum. Refere-se àquele que se organiza em torno da mulher quando não há um companheiro, mas assume uma forma patriarcal quando há.
Observou-se que as pessoas ficavam divididas entre as formas de viver de família que eram dadas como modelo e aquelas que elas escolhiam em virtude das dificuldades que passavam.
Considerando só os pontos em comum entre as famílias, tal como viviam o seu cotidiano, o quadro que se apresentou pode ser posto da seguinte maneira: a família se estabelece a partir da decisão de algumas pessoas conviveram, assumindo o compromisso de uma ligação duradoura entre si, incluindo uma relação de cuidado entre os adultos e deles para com as crianças que aparecerem nesse contexto.
Em algumas das famílias, a mulher é que assume a família como chefe. Os homens, nessas famílias, entraram, saíram, formaram outra (s) família (s) e o núcleo continuou sob a responsabilidade da mulher. Em algumas famílias essa presença do homem é deplorada, noutras é circunstancial e noutras foi instituída. Mas, quando o homem está presente, ele é quem tem a posição mais alta da hierarquia familiar e tem a função de manter materialmente a família.
Ao mesmo tempo em que as famílias iam vivendo,