Trabalhadores em são paulo: ainda um caso de polícia o acervo do deops e o movimento sindical
O acervo do DEOPS e o movimento sindical
Sabe-se que a função mais importante dos arquivos da polícia política era a de controlar o indivíduo, tinha o poder para “escavar” a vida de qualquer um, principalmente daqueles que ameaçavam a estabilidade das elites dominantes, daqueles que queriam lutar por melhores condições de vida e que utilizavam a imprensa para disseminar informações de todos os tipos. Com a imprensa operária surgiram novas possibilidades para o trabalhador, era um espaço para manifestar seus problemas, movimentos, reivindicações e principalmente as manifestações e greves. E essas greves estavam muitas vezes envolvidas por questões ligados a organizações clandestinas e que recebiam uma atenção maior por parte dos agentes da DEOPS, um trabalho minucioso que gerava uma grande quantidade de material produzido e também apreendido ( livros, panfletos, jornais) durantes esses movimentos, podendo ser classificados como crimes de ordem política e o DEOPS ( Departamento Estadual de Ordem Política e Social ), que era um órgão de investigações, tinha como objetivo procurar de todas as formas “calar” aqueles considerados “perigosos”, era preciso nesses casos um monitoramento minucioso, uma intensa atividade de acompanhamento e avaliação, e a classe trabalhadora era considerada como potência perigosa, pois se opunham à ideia de processo ou regime por eles imposta. A polícia política tinham ainda atitudes repressivas, podendo também eliminar muita coisa, pois era o Estado que controlava a memória. Os agentes da DEOPS introduziam-se nos espaços operários para tentar recolher o máximo de informações , fatos ou episódios referentes as informações das lutas trabalhistas e deleta-los, ou seja, apagar toda a memória dos trabalhadores. Contudo, Edgar Leuenroth pediu na comemoração do dia primeiro de maio, no movimento dos metalúrgicos de São Paulo, para que todos os trabalhadores cooperassem lhe enviando