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A teoria do valor do trabalho
Marx parte da análise de "mercadorias" na sociedade capitalista. Uma mercadoria, segundo ele, é algo que satisfaz as necessidades humanas, objetivas ou não, e se produz para obter lucro. As mercadorias têm valor de uso, que constitui a riqueza. Não considerou, porém, que o valor de uso de uma mercadoria possa diminuir com o aumento da quantidade produzida, devido ao fato da demanda ser elástica.
As mercadorias também, em sua análise, possuem valor de troca. Esse valor era determinado pelo tempo de trabalho socialmente necessário embutido na mesma, dada as devidas condições e levando em conta competêcia e intensidade. Esse tempo de trabalho iclui tanto o trabalho na produção do produto final quanto na obtenção da matéria prima, produção de insumos, fatores de produção entre outros.
Caso o tempo de trabalho médio para produzir um par de sapatos seja de 10 horas, o valor do sapato será determinado por ele, ainda que um trabalhador incompetente gaste 20 horas para produzir o mesmo par. Um trabalhador que desenvolva um meio de produzir o par de sapatos por cinco horas tampouco mudará o valor do sapato contanto que o tempo médio permaneça o mesmo. O tempo de trabalho não-especializado serve de denominador para o cálculo de valor dos produtos: trabalhos especializados são contados em múltiplas unidades do trabalho simples.
O preço também é baseado no custo do trabalho básico. A quantidade de ouro dada em troca de uma mercadoria equivaleria os tempos de trabalho necessários para extrair/cunhar o ouro e produzir a mercadoria. Oscilações de oferta e demanda desviariam os preços