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ILUMINISMOOs séculos XVII e XVIII viveram o ápice do estado absoluto (moderno), a adolescência da sociedade burguesa e o confronto entre o desenvolvimento capitalista com os entraves tradicionalistas do Antigo Regime. O progresso técnico, científico e intelectual fermentou uma nova ideologia: um conjunto de idéias em sintonia com a necessidade burguesa de superar as barreiras sobreviventes da antiga ordem feudal, encarnada agora no absolutismo e nas práticas sócio-econômica do Estado Moderno. Nesse contexto, a razão passou a ser o guia infalível do conhecimento, do saber, da verdade. A partir de Newton, de Descartes e das ciências naturais, John Locke transferiu o primado da razão para a política e para a análise social. A crença na bondade natural do homem e sua imensa capacidade de ser feliz abalou, com a crítica com o estudo racional, os pilares do Estado absoluto. As luzes, a iluminação da capacidade humana, o porvir, a superação do mundo existente, incentivaram a oposição à velha ordem. O anseio de liberdade, de romper com o antigo regime, fez dos grandes pensadores deste período os responsáveis pelo “Século das Luzes”, o século XVIII.
Autores Os principais representantes destas idéias, desta revolução ideológica, defendendo a queda do Antigo Regime, minando suas bases e preparando ideologicamente as condições para a Revolução Francesa de 1789, foram:
John Locke (1632-1704) – obra principal “Segundo Tratado do Governo Civil”. Para i inglês Locke, contemporâneo da Revolução Gloriosa de 1688 na Inglaterra, os homens possuem a vida, a liberdade e a propriedade como direitos naturais principais. Para preservar esses direitos, os homens deixaram o estado de natureza (vida mais primitiva da humanidade) através de um contrato entre si, estabelecendo o governo e a sociedade civil. Assim, os governos têm por fim respeitar os direitos naturais e, caso não o façam, caberia à sociedade civil o direito de rebelião contra um governo tirânico. Em síntese,