Trab Quimica
O professor de MBA do setor elétrico da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Franklin Miguel calcula que, para cada R$ 1 bilhão de aumento de custos, viria 1% de reajuste na ponta. Só em transferências do Tesouro para cobrir o orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), por exemplo, foram repassados nos últimos dois anos R$ 25 bilhões. Como a meta fiscal não permite mais esse tipo de manobra, ninguém poderá estranhar o impacto de pelo menos 25 pontos percentuais até 2016 para a manutenção dos programas dessa rubrica. Os cálculos de rombos feitos por especialistas são variados, mas nunca fora da casa das dezenas de bilhões de reais. O professor da FGV alerta para o fato de que empresas de geração hídrica têm sido forçadas a comprar no mercado de curto prazo energia mais cara para cumprir seus contratos. O déficit estaria, segundo ele, em torno de 20%, bem acima da margem de risco, que é de 5%. Os prejuízos já somariam quase R$ 10 bilhões, conta que ainda não foi cobrada.
Aos consumidores de pequeno, médio ou grande porte caberia de imediato reduzir seu consumo. À medida que a demanda sobre as térmicas (mais caras) diminua, a necessidade de reajuste pode ser menor. A sociedade também pode, segundo ele, participar das três