Trab Marcelo
A história se passa na época de Jesus Cristo, em Jerusalém no início do século I, e fala sobre a vida de um judeu de grande influência, Judah Ben-Hur.
Fatos da Época
A Jerusalém do primeiro século
A Jerusalém que existe hoje mudou muito desde aquela do primeiro século.
Era a principal cidade da Judéia, com 25 mil habitantes, recebia 100 mil peregrinos para festas como a Páscoa. Sua importância devia-se ao Templo, uma colossal construção que ocupava um quinto da cidade e era o centro do judaísmo. Jesus foi levado ali oito dias depois de nascer, para que seus pais fizessem a oferenda obrigatória de um casal de pombos.
Por mais de um século, o povo judeu vinha sofrendo a humilhação de estar sob a dominação romana. Ao entrar triunfante em Jerusalém, em 63 a.C., o general Pompeu teve o atrevimento de se penetrar no Templo, iniciando um período de profanação que acentuou ainda mais a perda de independência da nação judaica. Entretanto, enquanto o Templo permanecesse de pé e houvesse um rei judeu no trono (Agripa), haveria a esperança de uma independência futura.
Por isso, à medida que o século se aproximava do fim, a crescente expectativa messiânica combinava-se com as aspirações nacionalistas judaicas e os conflitos provocados pela ambição política de grupos rivais. Do ponto de vista de Roma, o judaísmo era uma autonomia insuportável, só tolerada para manter o nacionalismo judaico sob controle. Entretanto, se os ideais religiosos desencadeassem os sentimentos nacionalistas, Roma estaria pronta para intervir.
Em 44 d.C., a morte do rei Agripa colocou todo o país sob a administração direta de Roma, acabando com a ilusão da independência judaica. A crescente opressão romana, o alinhamento das autoridades romanas ao lado dos gentios que habitavam a terra, e as repetidas violações da santidade do Templo criaram uma atmosfera propícia à revolta. Em abril do ano 66 de nossa era, quando o governador romano confiscou dezessete talentos do