Toyotismo
A atividade industrial tem assumido um papel preponderante. A busca pela excelência total no tripé custo-qualidade-flexibilidade abre novas fronteiras no aperfeiçoamento de métodos de produção, desenvolvimento e incorporação de novas tecnologias de processamento, trabalho participativo, e facilidade de reconfiguração de sistemas operacionais.
Há quatro fases que levaram ao advento do Toyotismo:
1) A introdução, na indústria automobilística japonesa, da experiência do ramo têxtil, dada especialmente pela necessidade de o trabalhador operar simultaneamente com várias máquinas.
2)A necessidade de a empresa responder à crise financeira, aumentando a produção sem aumentar o número de trabalhadores.
3) A importação das técnicas de gestão dos supermercados dos EUA, que deram origem ao kanban. Segundo os termos atribuídos a Toyota, presidente fundador da Toyota, "o ideal seria produzir somente o necessário e fazê-lo no melhor tempo", baseando-se no modelo dos supermercados, de reposição dos produtos somente depois da sua venda. Segundo Coriat, o método kanban já existia desde l962, de modo generalizado, nas partes essenciais da Toyota, embora o toyotismo, como modelo mais geral, tenha sua origem a partir do pós-guerra.
4) A expansão do método kanban para as empresas subcontratadas e fornecedoras.
Há outros traços significativos do Toyotismo:
a) A necessidade de atender a um mercado interno que solicita produtos diferenciados e pedidos pequenos, dadas as condições limitadas do pós-guerra no Japão. Diz Coriat, um estudioso: "Nestas condições, a competência e a competitividade determinaram-se a partir da capacidade para satisfazer rapidamente pedidos pequenos e variados."
b)Era necessário também superar o caráter caótico da produção na Toyota, denominado jocosamente de método DEKANSHO (devido a um longo período de preparação, para posterior produção). Como exemplo dessa limitação produtiva basta dizer que, em l955, a indústria automobilística