Toyotismo- A inspiração Japonesa no Brasil
1. Introdução
Toyotismo é um modelo de produção criado pelo japonês Taiichi Ohno e implantado nas fábricas de automóveis Toyota no Japão, após o fim da Segunda Guerra Mundial. Nessa época, o novo modelo era ideal para o cenário japonês, que configurava um mercado menor, diferente dos mercados americano e europeu, que utilizavam os modelos de produção Fordista e Taylorista.
Na década de 70, em meio a uma crise de capital, o modelo Toyotista espalhou-se pelo mundo. A ideia principal era produzir somente o necessário, reduzindo os estoques (flexibilização da produção), produzindo em pequenos lotes, com a máxima qualidade, trocando a padronização pela diversificação e produtividade. As relações de trabalho também foram modificadas, pois agora o trabalhador deveria ser mais qualificado, participativo e polivalente, ou seja, deveria estar apto a trabalhar em mais de uma função.
Os desperdícios detectados nas fábricas montadoras foram classificados em sete tipos: produção antes do tempo necessário, produção maior do que o necessário, movimento humano (por isso o trabalho passou a ser feito em grupos), espera, transporte, estoque e operações desnecessárias no processo de manufatura.
As principais características do modelo toyotista são:
Flexibilização da produção – produzir apenas o necessário, reduzindo os estoques ao mínimo.
Automatização – utilizando máquinas que desligavam automaticamente caso ocorresse qualquer problema, um funcionário poderia manusear várias máquinas ao mesmo tempo, diminuindo os gastos com pessoal.
Just in time (na hora certa) – sem espaço para armazenar matéria-prima e mesmo a produção, criou-se um sistema para detectar a demanda e produzir os bens, que só são produzidos após a venda.
Kanban (etiqueta ou cartão) – método para programar a produção, de modo que o just em time se efetive.
Team work ( trabalho em equipe) – os trabalhadores passaram a trabalhar em grupos, orientados por uma líder.