Toyotismo no brasil
De acordo com Oliveira (2004), a busca do Brasil pela competitividade internacional, estabilidade e crescimento econômico, redefinição do Estado e da estrutura produtiva, ocorre com a implantação do modelo japonês se efetivando em forma de gestão, através de algumas técnicas adotadas, como: o JIT, Kanban, Kaisen, andon, terceirização, modernas formas de gestão aplicando trabalho em equipe, o funcionário realizando várias atividades, os Círculos de Controle de Qualidade utilizados como ferramenta para diminuir custos nas indústrias, comprometimento, a relação sindicato-empresa e a inovação tecnológica.
Na década de 1970 ocorreram movimentos para estabelecer as novas técnicas passando pela década de 1980, somando ganhos até a década de 1990, adquirindo a característica de um projeto orientado, mudança da base técnica, inclusão do padrão microeletrônico e na divisão internacional do trabalho, com o objetivo de integrar-se ao capitalismo globalizado.
Dessa forma, a procura por um nível para o crescimento da produção acontecendo ao mesmo tempo, novas formas de controle, confirmando a submissão ao trabalho, reação que diante da crise, destruía o país.
As mudanças sociais marcaram um novo período de implantações das empresas automobilísticas, visando lucros através da renovação da forma de obtenção de valor.
No início da década de 1990, sendo eleito o presidente Fernando Collor de Melo, ocorreu a abertura de espaço para a consolidação do “Toyotismo”, o qual se instalou rapidamente, com o objetivo de renovar as relações de trabalho no Brasil, com a promessa de flexibilidade para o capital.
Fonte: OLIVEIRA, Eurenice. Toyotismo no Brasil: desencantamento da fábrica, envolvimento e resistência. 1 ed. São Paulo: Expressão Popular,