Toxoplasmose em Gestante
Uma breve revisão sobre toxoplasmose na gestação
A brief review on toxoplasmosis in pregnancy
Maria Regina Reis Amendoeira1, Léa Ferreira Camillo-Coura2
Doutora em Ciências Biológicas (Genética), Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pesquisadora Titular em Saúde Pública.
Chefe do Laboratório de Toxoplasmose, Instituto Oswaldo Cruz - Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ.
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Doutorado em Livre Docência, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Membro da Acadêmia Nacional de Medicina. Pesquisadora Titular em Saúde Pública. Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas - Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ.
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RESUMO
Objetivos: este é um breve guia sobre toxoplasmose na gestação e toxoplasmose congênita, para estudantes e profissionais de saúde pública. Depois de apresentar os pontos principais de transmissão e diagnóstico da infecção pelo
Toxoplasma gondii, busca-se resumir as evidências sobre o manejo de gestantes e de neonatos com toxoplasmose suspeita ou confirmada. Fonte de dados: os estudos foram identificados no PubMed (1990-2009) e por meio do contato com especialistas no assunto, incluindo pesquisas realizadas pelo nosso Grupo de Pesquisa em Toxoplasmose Congênita.
Síntese dos dados: a revisão dos estudos mostra que as medidas de prevenção reduzem o risco de infecção congênita pelo Toxoplasma gondii e melhoram os desfechos perinatais e o prognóstico das crianças. Sendo na maioria das vezes assintomática, ou apresentando um quadro clínico inespecífico, a infecção toxoplásmica aguda primária passa quase sempre despercebida. Por isso, sua detecção é baseada na sorologia de rotina. A triagem sorológica para toxoplasmose durante a gravidez deve começar na primeira visita pré-natal, para que sejam detectados os casos de infecção aguda (e iniciar o tratamento o mais brevemente possível) e os casos de gestantes soronegativas (que devem ser monitoradas durante toda a gestação e instruídas sobre