TOXICOLOGIA OCUPACIONAL
Hoje, a indústria usa aproximadamente 60.000 substâncias químicas diferentes e há uma crescente preocupação com os prejuízos advindos dessa exposição ambiental, industrial e ocupacional. O desenvolvimento de técnicas analíticas e a validação dos marcadores de exposição ocupacional têm aumentado sua aplicação na abordagem diagnóstica e no rastreamento de muitas classes químicas, como, por exemplo, os metais. Várias dosagens de elementos essenciais (cobre, magnésio, selênio, zinco) ou não-essenciais (alumínio, cádmio, mercúrio, arsênico) têm sido utilizadas, objetivando o controle da saúde pública e ocupacional.
A exposição é tradicionalmente determinada pelo monitoramento: ambiental – em que se analisam as espécies do ambiente de trabalho; biológico – em que se analisa o material biológico dos indivíduos expostos para avaliar os níveis dos marcadores de exposição ou monitorar o efeito dessa exposição.
Também é necessária uma avaliação mais complexa, que inclui interações entre diferentes agentes químicos no ambiente, análise do local de trabalho, ventilação, temperatura, número de trabalhadores por área e função exercida.
Baseado nesse monitoramento e na avaliação do local, é possível determinar medidas de controle, de proteção ao trabalhador e uma conseqüente melhoria no ambiente de trabalho.
A legislação brasileira determina os limites de tolerância para algumas substâncias que comprovadamente causam danos à saúde do trabalhador através da Norma Regulamentadora 15 (NR-15). Existem, porém, publicações mais atualizadas, como as editadas anualmente pela American Conference of Governamental Industrial Hygienists (ACGIH).