Toxicologia do Chumbo
O chumbo é especialmente perigoso em combinação com outros fatores industriais e produz problemas ecológicos e pode danificar vários órgãos do organismo humano (Fedorova, 2001).
A absorção do chumbo pelo corpo humano é lenta e depende não só da dose como também de fatores tais como a idade do individuo, condições fisiológicas e nutricionais e possivelmente fatores genéticos (Mavropoulos, 1999).
A introdução deste metal no organismo se da por inalação (ar atmosférico), ingestão (água, alimentos e solo contaminados) e por via dérmica. Os compostos de chumbo lipossolúveis e projeteis de chumbo quando alojados na pele e nos músculos permitem a absorção do metal (Moreira et al., 2004).
O chumbo absorvido e armazenado tem uma meia-vida de pelo menos 25 anos no osso cortical dens. No sangue, a meia-vida do chumbo e de aproximadamente 36 dias e medidas de concentração do metal são importantes nos diagnósticos de intoxicações agudas, para o controle não só de indivíduos expostos ocupacionalmente, mas também para o controle da população em geral. A meia-vida do metal em tecidos moles e de aproximadamente 40 dias.
Ha décadas tem sido reconhecido que a utilização de armas de fogo rotineiramente para fins profissionais tem um impacto deletério sobre a saúde dos indivíduos devido a utilização do chumbo na munição. Maiores efeitos ocorrem quando a atividade e realizada em ambientes fechados. Existem três fontes principais de chumbo em cartuchos de munição de arma de fogo: o propelente, a espoleta e os projetis. Embora mais caro, o uso de projetis com revestimento de cobre com espoletas livres de chumbo e estandes de tiro bem ventilados diminuem os impactos sobre a saúde do atirador (Gulson et al., 2001; Tsuji et al., 2008).
O chumbo é um elemento tóxico, o qual se acumula no organismo. Dependendo do nível e duração da exposição pode afetar vários sistemas orgânicos e os seus efeitos tóxicos podem ocorrer no sistema nervoso central e periférico, sistemas