totalitarismo
O fenômeno político que seria muito característico de diversos regimes no século XX nasceu durante a Primeira Guerra Mundial. O conflito forçou o direcionamento da produção dos países europeus para sustentar os recursos necessários no conflito. Os governos, então, passaram por cima das divisões burocráticas e democráticas dos Estados para responder às demandas de guerra, gerando, assim, poderes excessivos para governantes. Em resumo, o poder executivo, segundo a divisão clássica dos três poderes, ficou exaltado em relação aos demais.
Fruto desse momento histórico, relações desse tipo se espalharam pelo continente europeu e governantes passaram a não ter limite para autoridade, controlando aspectos da vida pública e privada. Para ampliar essa influência, o fator ideológico foi propagado para orientar governos e o povo. É dessa associação, autoritarismo e ideologia, que se construiu o Totalitarismo. De forma geral, os países que passaram por regimes totalitários foram comandados por partidos únicos, tiveram a exaltação da imagem de um governante, sofreram uma burocratização do aparelho estatal, sofreram também com a repressão política e ideológica, seguiram ideais patrióticos e ufanistas exacerbados, conviveram com a grandiosa propagada estatal e a censura e, nessa metade inicial do século XX, testemunharam a militarização e o expansionismo. Entretanto, como já dito anteriormente, além do fator autoritário, há também o fator ideológico, que é fundamental para distinguir regimes totalitaristas de esquerda e de direita. O primeiro caso é muito influenciado pelos resultados da Revolução Russa de 1919, logo, o Totalitarismo de Esquerda aboliu propriedade privada, coletivizou os meios de produção e suprimiu a religião. Todas características implementadas em regimes socialistas. Por outro lado, o Totalitarismo de Direita é fruto de uma ideologia conservadora que deu