tortuosidade
De acordo com Mafra et. al, a tortuosidade é uma propriedade física microscopia de grande importância para a caracterização acústica dos materiais usados como absorvedores sonoros e a sua obtenção experimental é necessária para sua modelagem e simulação numérica.
Zwikker e Kosten introduziram tortuosidade na teoria dos materiais acústicos a fim de quantificar o acoplamento inercial das fases fluida e solida de um material poroso, relativo a deflexão do fluido nas paredes dos poros e os efeitos de aceleração relacionados as expansões e contrações dos poros.
Mafra et al. afirma que não existe um método direto para a medição da tortuosidade.
Champoux e Stinson, em 1992, desenvolveram uma técnica baseada na condutividade elétrica para realizar a medição da tortuosidade de materiais porosos. Esta técnica baseia-se na nos trabalhos iniciais de Brown. Na técnica estudada por Brown, a amostra é montada em um tubo de PVC que é fechado por dois eletrodos. O tubo é preenchido com um líquido condutor e uma fonte gera campo elétrico entre os dois eletrodos. Determina-se a tortuosidade a partir das diferenças de potencial na água e na amostra.
Em 1944, Lauriks et al., disseram que a tortuosidade poderia ser estimada a partir de medições de transmissão e reflexão. Esta idéia é fundamentada na observação de que em freqüências muito altas o coeficiente de reflexão e a velocidade da onda propagando-se no material estão diretamente relacionados com a tortuosidade.
Uma amostra do material poroso é colocada no interior do tubo PVC que é fechado por dois eletrodos, um em cada extremidade do tubo. Neste experimento foram utilizadas duas chapas de aço como eletrodos. O tubo é completamente preenchido com um fluido condutor, neste caso, a água. A partir de uma fonte de tensão, os dois eletrodos geram um campo elétrico plano no tubo. As varetas de cobre medem as diferenças de potencial V1 e V2. A diferença de potencial V1 determina a condutividade do fluido