Torres de Gizé
A mais antiga maravilha é a única que ainda está de pé
Maria Dolores Duarte | 01/05/2007 00h00
A Grande Pirâmide de Gizé, no Egito, é a mais antiga das Sete Maravilhas do mundo antigo – e a única que ainda existe. Erguida em 2550 a.C., foi trabalho para muita gente. Estima-se que 100 mil homens tenham participado de sua construção, que levou cerca de 20 anos. Eram homens livres, pagos muitas vezes com comida e cerveja.
Três construções formam o complexo conhecido como Pirâmides de Gizé. Mas apenas a maior, a Grande Pirâmide, é considerada uma das maravilhas. Ela foi construída pelo faraó Quéops (seu nome egípcio era Khufu; Quéops é o nome grego, mais famoso) para ser sua tumba, no platô de Gizé, perto do Cairo. Suas dimensões são monumentais: 137 metros de altura – originalmente eram 147 – e 227 metros em cada lado da base. Ela foi a construção mais alta do mundo até a Torre Eiffel, em Paris, ser inaugurada, em 1889.
“As pirâmides eram obras nacionais, que reuniam todo o Egito, o que ajudava na unificação política”, diz o egiptólogo Antônio Brancaglion, do Museu Nacional do Rio de Janeiro. “Existia, inclusive, uma espécie de fundação que geria os recursos destinados aos salários e materiais necessários para sua construção e manutenção.” Gigante egípcia
Construção foi a mais alta do mundo por mais de 4 mil anos
Feita para brilhar
Quéops mandou revestir toda a parte externa de sua futura tumba com pedra calcária polida. A pirâmide, literalmente, brilhava com a luz do sol e podia ser vista a quilômetros de distância. O revestimento foi saqueado há mais de 600 anos. Hoje existem apenas resíduos dele no topo da maravilha.
Exploração complicada
Além da Câmara do Rei, outras duas são conhecidas: a da Rainha (que, apesar do nome, não abriga a múmia da mulher de Quéops, que foi enterrada fora da Grande Pirâmide) e a Secreta. Para descobrir se há outras salas, os cientistas teriam de usar explosivos, que podem danificar a estrutura da