Toria do consumidor
2.1
Teoria do Consumidor
Introdução
A primeira parte do curso (de fato a quase totalidade do curso) trata fundamentalmente da teoria da escolha individual. Assim, o que estudaremos aqui é uma teoria da escolha individual. Há duas abordagens distintas para a modelagem. Em primeiro lugar existe uma teoria que define os gostos ou relações de preferência como as características primitivas do indivíduo. Então axiomas de racionalidade são impostos e verifica-se as conseqüêncais para as escolhas observáveis. Uma abordagem alternativa considera a escolha em si como característica primitiva e impõe restrições diretamente sobre esse comportamento. A hipótese central dessa abordagem é o axioma fraco da preferência revelada, que impõe restrições ao tipo de comportamento que se espera observar. Começaremos com a primeira abordagem, que se tornou mais comum. Na seção 2.8, discutiremos a abordagem alternativa em mais detalhes. Por enquanto cabe ressaltar que a abordagem tradicional é formada por quatro elementos básicos: i) o conjunto de consumo; ii) o conjunto factível (ou conjunto orçamentário), iii) a relação de preferência e iv) a hipótese comportamental.
2.2
2.2.1
O Conjunto de Consumo e o Conjunto Orçamentário
O Conjunto de Consumo
O conjunto de consumo define a totalidade de possibilidades de consumo que um agente pode conceber. Defina x = (x1 , ..., xn ) ∈ ℜn como a cesta de consumo (plano de consumo, cesta de bens). + Neste caso, xi ≥ 0 é a quantidade consumida do bem i (good, commodity) (quantidades negativas são consideradas insumos na teoria da firma). O conjunto de todas as cestas que podem ser consumidas é chamado de conjunto de consumo. Restrições físicas e/ou institucionais (por exemplo, jornada de trabalho de 44 horas semanais) definem o conjunto de consumo. Seja X o conjunto de consumo. Supõe-se que: i) ∅ = X ⊆ ℜn ; ii) X é fechado e convexo, + e: 0 ∈ X. Na maioria dos casos trabalharemos com X = ℜn . + 2.2.2 O Conjunto Orçamentário
Também conhecido como