Top. adm 3
O McDonald’s teve um bom desempenho nos Estados Unidos em 2004, mas suas operações européias não foram tão bem assim, exceto no país mais improvável: a França. Um artigo da revista Economist indagou sobre isso ao presidente da subsidiária francesa, Denis Hennequin, que tinha acabado de ser promovido à chefia das operações européias do McDonald’s.
Dado o apego francês pela culinária sofisticada, não se esperava que as refeições rápidas fossem bem aceitas logo de início. Mas a França é o único lugar da Europa que consistentemente adorou o McDonald’s desde que foi aberta a primeira loja em 1979. Contrariamente à imagem popular do desprezo francês por tudo o que seja americano, principalmente no que toca à cultura de massa, as famílias e as crianças francesas parecem gostar tanto do McDonald’s que ele sempre se saiu melhor do que todos os seus rivais locais no ramo de refeições rápidas e é a mais lucrativa subsidiária européia.
A resposta, de acordo com o artigo, reside na estratégia de Hennequin para a França, baseada em “melhoria de nível e transparência”. Em resumo, a decoração do restaurante foi melhorada, o cardápio foi ampliado, foram incluídos produtos de melhor qualidade e as relações com os difíceis sindicatos franceses sobre baixos salários – uma crítica frequente ao McDonald’s – têm sido relativamente cordiais.
O McDonald’s foi sábio ao adaptar a comida e a decoração ao gosto local e ao focar as crianças. O “Croque McDo”, de presunto e queijo, é a versão do McDonald’s para o croque monsieur, um sanduíche favorito dos franceses. O McDonald’s fez parcerias com companhias francesas para oferecer produtos feitos por empresas locais: por exemplo, iogurtes de fruta da Danone, café da Carte Noire e o refrigerante francês Orangina. O McDonald’s na França também desenvolveu fornecedores rurais locais para a maior parte de suas matérias primas e usou esse fato para melhorar sua reputação como empresa socialmente responsável – pelo menos