Tomás de aquino
3 outubro, 2011 Deixe um comentário
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Os dois vultos que eles seguiam rastejavam como moscas pretas através do enorme contorno verde de um monte. Era evidente que estavam profundamente entretidos a conversar e talvez não reparassem para onde se dirigiam, mas não havia dúvida que se estavam dirigindo para as elevações mais ermas e calmas do Heath. Os seus perseguidores ao ganharem distância sobre eles tinham de tomar as posições pouco dignificantes dos caçadores de espera, agachando-se atrás de moitas e até rastejando deitados na erva cerrada. Por meio destas deselegantes habilidades, os caçadores até chegaram suficientemente próximo da presa para ouvirem o rumor da discussão, mas nenhuma palavra era perceptível a não ser a palavra “razão”, repetindo-se frequentemente num tom de voz excitado e quase infantil. Uma vez numa depressão abrupta do terreno e de um denso emaranhado de moitas, os detetives chegaram a perder de vista os dois vultos que estavam seguindo. Durante uns angustiantes dez minutos perderam a pista e quando a reencontraram ela levava ao cume de um monte sobranceiro a um anfiteatro com o cenário de um esplêndido e solitário pôr do Sol. Debaixo de uma árvore neste local imponente, mas desprezado, havia um velho banco de madeira em ruínas. Neste banco estavam sentados os dois padres conversando seriamente. Os deslumbrantes azul e verde ainda estavam presos ao horizonte que escurecia, mas a abóbada por cima deles estava mudando de verde-pavão para azul-pavão eas estrelas destacavam-se cada vez mais como jóias verdadeiras. Acenando silenciosamente para os seus ajudantes, Valentin conseguiu rastejar por detrás da grande árvore frondosa e, permanecendo aí num silêncio sepulcral, ouviu pela primeira vez as palavras dos estranhos padres.
Depois de os ter escutado durante um minuto e meio foi dominado por uma dúvida diabólica. Talvez ele estivesse arrastado os dois polícias ingleses pelos terrenos de uma