Tomismo e neotomismo no serviço social brasileiro.
Unidade II
Nesta unidade, será apresentado, no que se refere à gênese do serviço social, um contexto mais geral e mundial.
O serviço social – contexto geral – surgiu sob forte influência norte-americana do modelo de caso, grupo e comunidade, sob a influência do pensamento de Mary Elly Richmond. Já no Brasil, sua implantação se dá no decorrer de um processo histórico iniciado a partir dos anos de 1920-30.
O surgimento das primeiras manifestações da institucionalização do serviço social pela Igreja se deu com a criação do Centro de Estudos e Ação Social de São Paulo – CEAS, em 1932, com o incentivo e controle da Igreja Católica. Destacam-se como as instituições mais importantes para o surgimento do serviço social além do CEAS: a Legião Brasileira de Assistência (1942), o Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (1942) e o Serviço Social da Indústria (1946).
Apresentou-se uma emergência da profissionalização do serviço social por meio da intervenção do
Estado, mobilizado pela Igreja Católica.
Correntes filosóficas também se puseram a influenciar o serviço social: tomismo, neotomismo, positivismo, conservadorismo, marxismo, funcionalismo americano, marcaram uma evolução das protoformas profissionais.
O contexto histórico brasileiro também influenciou a profissionalização, assunto esse iniciado nesta unidade a fim de introduzir sua concretização nas próximas unidades.
3 OS FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO
SERVIÇO SOCIAL: AS PROTOFORMAS DO SERVIÇO SOCIAL – UMA BREVE
ANÁLISE HISTÓRICA
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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL
O serviço social surgiu decorrente da divisão social e técnica do trabalho, afirmando-se como uma profissão dentro da sociedade, dotada de uma dimensão teórico-metodológica e técnico-operativa, indissociada das ordens éticas e políticas. Ele surgiu enquanto profissão no contexto do desenvolvimento capitalista e do agravamento da questão social. Porém, para localizá-lo,