Tomando Como Base A Teoria De Estudos Sociologicos

Tomando como base a teoria de Darcy Ribeiro podemos perceber que ele se baseia na sociedade brasileira desde seus primórdios. Um exemplo que ele dá é a mistura dos povos que foram escravizados no Brasil.
Darcy diz que os povos que sofreram a escravidão aqui no Brasil (índios e negros) viram a semelhança que tinham, mesmo sendo “povos” diferentes eles começaram a se misturar. A semelhança social dos povos diferentes foi responsável pela miscigenação que temos hoje no Brasil. Após a “mistura” dos índios com os negros criou-se um novo povo, o mestiço.
O europeu (branco) também se misturou. E com essa mistura Darcy diz que houve a desindianização do índio, da desafricanização do negro e da deseuropeirização do branco. Pode-se dizer que assim surgiu os povos latino-americanos.
Darcy defende que houveram dois meios principais para ter ocorrido a miscigenação na America Latina: o Cunhadismo e o Escravismo.
O cunhadismo foi o modo que ficou conhecido o ato dos portugueses se casarem com as índias para poderem se aproximar do povo indígena. Com a aproximação dos portugueses, os povos indígenas começaram a se tornar cada vez mais vulneráveis. Assim os portugueses começaram a se aproveitar do índio, roubando a matéria prima e as riquezas naturais que esse povo possuía.

Da relação entre os índios e os portugueses e os negros com os portugueses nasceu a nossa sociedade como ela é hoje, miscigenada. Só que naquela época, no Brasil colônia, o mestiço não era considerado ‘cidadão’, ele não possuía direitos, assim como o índio e o negro. Observando isso, Darcy Ribeiro criou o termo ninguendade. O termo remete ao fato do indivíduo não possuir o exercício de cidadania, ser um ninguém, ser invisível perante a sociedade.
O modo como o Brasil foi colonizado é um fato histórico que acarreta problemas até hoje. O preconceito é um problema vindo lá da época da escravidão, e depois da época dos cortiços, onde os escravos libertos não tinham onde morar, criando comunidades. O negro sempre