tom keli
Tom KELLEY (com Jonathan LITTMAN) – Ed. Campus Elsevier, 2007
90 DOM tema inovação está na pauta do dia das empresas.
Os executivos estão sempre em busca de uma fórmula mágica para tornar sua empresa mais inovadora e, assim, ganhar mercados e ser mais competitiva.
O tema, no entanto, não é novo. Já em
1912, o economista austríaco Joseph Alois
Schumpeter discutia a importância da inovação como elemento central para o desenvolvimento econômico.
Nessa fase, sua publicação mais importante foi Teoria do Desenvolvimento Econômico, em que destacava o papel do empresário inovador. Já em 1939, numa fase mais madura, Schumpeter escreveu Business Cycle, em que ampliou sua leitura sobre o fenômeno e passou a observar o processo de inovação. Em um de seus últimos artigos –
Economic Theory and Entrepreneurial History – destacou o caráter institucional e não-personalizado do processo de inovação.
Atualmente, vários dos seguidores de
Schumpeter, denominados neo-schumpeterianos, discutem o caráter sistêmico da inovação. Existem muitos fatores que influenciam a capacidade de inovação de um país e, conseqüentemente, de suas empresas, como o papel do sistema financeiro, as instituições de fomento à P&D e as políticas públicas, dentre outros. Num âmbito setorial, deve-se considerar a base de conhecimentos e as relações estabelecidas entre os atores. E no que se refere às empresas, leva-se ainda em conta sua capacidade de absorção, ou seja, como a organização articula e
“conversa” com o conhecimento externo.
Tom Kelley não tem a pretensão de trabalhar esses aspectos. Todos os que já tentaram escrever um livro, artigo ou ensaio sabem que o segredo de um bom texto é ter uma boa pergunta, focada e clara. Mas, para não sermos simplistas nas respostas, precisamos apontar os fatos centrais que perpassam o tema escolhido. Esta é, do meu ponto de vista, a ausência mais marcante do livro. O leitor mais desatento pode ser tentado