Tolerância geométrica
Conceito de erro de forma
Um erro de forma corresponde à diferença entre a superfície real da peça e a forma geométrica teórica.
A forma de um elemento será correta quando cada um dos seus pontos for igual ou inferior ao valor da tolerância dada.
* Elemento pode ser um ponto, uma reta ou um plano.
A diferença de forma deve ser medida perpendicularmente à forma geométrica teórica, tomando-se cuidado para que a peça esteja apoiada corretamente no dispositivo de inspeção, para não se obter um falso valor.
Causas
Os erros de forma são ocasionados por vibrações, imperfeições na geometria da máquina, defeito nos mancais e nas árvores etc.
Tais erros podem ser detectados e medidos com instrumentos convencionais e de verificação, tais como réguas, micrômetros, comparadores ou aparelhos específicos para quantificar esses desvios.
Conceitos básicos
Definições, conforme NBR 6405/1988.
Superfície real: superfície que separa o corpo do ambiente.
Superfície geométrica: superfície ideal prescrita nos desenhos e isenta de erros. Exemplos: superfícies plana, cilíndrica, esférica.
Superfície efetiva: superfície levantada pelo instrumento de medição. É a superfície real, deformada pelo instrumento.
Com instrumentos, não é possível o exame de toda uma superfície de uma só vez. Por isso, examina-se um corte dessa superfície de cada vez. Assim, definimos:
Perfil real: corte da superfície real.
Perfil geométrico: corte da superfície geométrica.
Perfil efetivo: corte da superfície efetiva.
As diferenças entre o perfil efetivo e o perfil geométrico são os erros apresentados pela superfície em exame e são genericamente classificados em dois grupos:
Erros macrogeométricos: detectáveis por instrumentos convencionais. Exemplos: ondulações acentuadas, conicidade, ovalização etc.
Erros microgeométricos: detectáveis somente por rugosímetros, perfiloscópios etc. São também definidos como rugosidade.