Tolerância dimensional e estados de superfície
Tolerância dimensional é a variação da dimensão da peça, dada pela diferença entre dimensões máxima e mínima. É difícil executar peças com as medidas rigorosamente exatas, pois todo processo de fabricação está sujeito a imprecisões, já que podem acontecer variações ou desvios das cotas indicadas no desenho.
É necessário que peças semelhantes, tomadas ao acaso, possam ser substituídas entre si, sem que haja necessidade de reparos e ajustes. A prática tem demonstrado que as medidas das peças podem variar, dentro de certos limites, para mais ou para menos, sem que isto prejudique a qualidade. Esses desvios aceitáveis nas medidas das peças caracterizam o que chamamos de tolerância dimensional.
As tolerâncias vêm indicadas, nos desenhos técnicos, por valores e símbolos apropriados. Por isso deve identificar essa simbologia e também ser capaz de interpretar os gráficos e as tabelas correspondentes.
As cotas indicadas no desenho técnico são chamadas de dimensões nominais. É impossível executar as peças com os valores exatos dessas dimensões porque vários fatores interferem no processo de produção, como erro do funcionário ou defeito de maquina. Então, procura-se determinar desvios, dentro dos quais a peça possa funcionar corretamente. São chamados de afastamentos.
As superfícies dos diferentes componentes de um mecanismo devem ter características adequadas ao tipo de funções por eles desenvolvidas
O estado de superfície é o resultado de desvios repetitivos ou aleatórios, em relação à superfície geométrica, que formam a topografia tridimensional de uma superfície.
O método de medição dos estados de superfície mais utilizado é a exploração do perfil de superfície, ampliado e com anamorfose (a ampliação vertical é maior do que a ampliação horizontal), num plano normal à superfície considerada. As informações sobre os estados de superfície são indicadas, no desenho técnico, através de simbologia normalizada. O símbolo