Todos os homens são egoístas?
O presente ensaio visa responder ao problema de saber se todos os Homens são ou não egoístas. Defenderei que sim.
Começarei por esclarecer o conceito de egoísmo e depois apresentarei as razões que suportam a minha tese.
Egoísmo é o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar os seus interesses, opiniões, desejos ou necessidades em primeiro lugar, com o prejuízo (ou não) do ambiente e das demais pessoas com que se relaciona. É antónimo de altruísmo.
Quando acreditamos que somos nobres e abnegados, estamos a acreditar numa mera ilusão. Na verdade, importamo-nos apenas com nós próprios. O comportamento altruísta está ligado a coisas como o desejo de reconhecimento público, satisfação pessoal ou até ao desejo de ter uma vida mais significativa, ou seja, a todo o aparente comportamento altruísta podemos atribuir uma justificação em termos de interesse próprio.
Há dois argumentos que foram usados com frequência a favor do egoísmo.
Em primeiro lugar o argumento de que fazemos o que mais queremos fazer. Este argumento parte do princípio que se as ações são realizadas de forma voluntária, então quando consideramos as ações de uma pessoa egoísta e as de outra não, estamos a esquecer-nos de um facto crucial: as pessoas só fazem o que realmente querem fazer. Este argumento tem algumas falhas. Primeiro transmite a ideia de que as pessoas só fazem voluntariamente o que desejam fazer, mas isto é falso, por exemplo, não queremos ir ao dentista mas vamos para evitar dores de dentes. E depois há coisas que fazemos, não porque queremos mas nos sentimos obrigados a tal, por exemplo, quando prometemos alguma coisa, podemos não desejar fazê-lo mas sentimo-nos obrigados.
O segundo argumento diz que o verdadeiro objetivo das pessoas quando são altruístas é sentirem-se bem e autossatisfeitas, sentimentos que são provocados pela realização dessas ações.
Concluindo, os seres humanos são motivados por “um interesse próprio racional”, egoísmo, o que