toda variante linguistica é valida
Na antiga Roma, mais precisamente na região central da atual Itália, ficava o Lácio, onde se falava o Latim. Com a propagação do grande império romano, principalmente na Europa, o Latim passou a ser a língua oficial de muitas regiões. Foi assim, com o passar do tempo, que se formaram as línguas neolatinas: o italiano, o romeno, o francês, o provençal, o catalão, o espanhol…e, como disse o poeta Olavo Bilac, a última flor do Lácio: a língua portuguesa.
Como toda língua viva, o português sofre mudanças não só com o passar do tempo mas também nas diferentes regiões onde é falado. Assim sendo, é natural que haja diferenças entre o português do Brasil e o de Portugal, o de Angola, Moçambique, Timor Leste… No próprio Brasil, são normais os regionalismos: o gauchês, o baianês, o cearês…
Nada disso tem a ver com certo ou errado.
Todas as variantes linguísticas são válidas e aceitáveis dentro do seu contexto. É muito pobre reduzirmos tudo a uma simplista discussão de certo ou errado. A beleza da língua portuguesa está na sua variedade, na sua riqueza vocabular, nos seus mistérios.
O mais incrível e ao mesmo tempo lindo é que o brasileiro entende o angolano e que o sertanejo se comunica com o gaúcho da fronteira. As variedades só enriquecem a nossa língua, que não perde sua unicidade básica.
Além das diferenças regionais, temos as variantes linguísticas que caracterizam diferentes grupos.
No “policialês”, todo ser humano vira “elemento” e todo carro é “viatura”.
No “futebolês”, seu time tem que “correr atrás do prejuízo” para “fazer o dever de casa” e, assim, “fugir do fantasma do rebaixamento”.
No teleatendimento, “nós vamos