toda religião apresenta uma visão de mundo e um "Ethos"
Baseando-se no texto “A interpretação das culturas”, pode-se entender o que o autor propôs com a afirmação de que toda religião apresenta uma visão de mundo e um Ethos. Mas para isso é necessário entender estes dois conceitos.
Nessa discussão antropológica o autor coloca o Ethos como seu caráter, tudo aquilo que indica seu estilo de ser (seja ele moral ou estético) e seus princípios de conduta para normatizar valores. A visão de mundo diz o que é a realidade do mundo, os conceitos da natureza, da sociedade e do ser humano.
Para Geertz, a religião religa o homem a uma instância divina, o que lhe traz conforto e princípios de como agir, do certo e do errado. Entretanto a religião nada é sem a fé e o símbolo que a representa, pois esses símbolos evocam uma narrativa representando algo do que se conhece sobre a forma do mundo, a qualidade emocional e a maneira de se comportar dentro dele. Porém, o sagrado não apenas encoraja a devoção como a exige, mostrando assim toda a seriedade moral que o rodeia.
Isto posto, é possível assimilar o Ethos dentro da crença, pois dentro dela ele está ligado aos aspectos morais e ao comportamento dos indivíduos ao entenderem a visão de mundo de sua religião. Sendo a visão de mundo, a maneira como a história do mundo é relatada e a explicação do que acreditam ser real. Um bom exemplo disso tudo é o caso dos Oglala. Para eles a forma circular é algo sagrado, desse modo, tudo na natureza que se dispõe dessa forma é também sagrado, como o sol, a lua, a terra e o céu. Assim sendo, os Oglala constroem suas habitações em forma circular, pois para eles o círculo (e tudo que possui a forma redonda) representa o bem. O que não for circular, como por exemplo, a pedra, significa algo ruim, com sentido de destruição.
Esse fundamento do que acreditam, seria sua