Toda Cultura De Massas Centra
-A sociedade hipermoderna seria a sociedade da hipervalorização das sensações íntimas, do hipernarcisismo, onde os paradoxos da modernidade se exibem às claras. Está muito presente a dicotomia responsável-irresponsável: “Os indivíduos hipermodernos são ao mesmo tempo mais informados e mais desestruturados, mais adultos e mais instáveis, menos ideológicos e mais tributários das modas, mais abertos e mais influenciáveis, mais críticos e mais superficiais, mais céticos e menosprofundos.”. (p. 28)O indivíduo hipermoderno se encontra inquieto, corroído pela ansiedade.
-Substituiu-se a idéia de progresso e as expectativas do futuro (típicas do modernismo), dando lugar a uma visão mais curta, individualista e efêmera. Passou-se a dar importância para o aqui-agora.
-O consumo, nesse contexto, parece servir para preencher o vazio do presente e do futuro e suprir essa falta de tempo que temos para fazer coisas que gostamos, servindo para intensificar, reintensificar, reavivar e simular a aventura no seu cotidiano. Percebe-se que o consumo servecomo uma cura, uma saída da rotina, do cotidiano repetitivo que assola a sociedade. Renascer das cinzas a toda hora.
-Até então, a modernidade funcionava enquadrada ou entravada por todo um conjunto de contra- pesos, contra-modelos e contra-valores. O espírito de tradição perdurava em diversos grupos sociais: a divisão dos papéis sexuais permanecia estruturalmente desigual; a Igreja conservava forte ascendência sobre as consciências; os partidos revolucionários prometiam outra sociedade, liberta do capitalismo e da luta de classes; o ideal de Nação legitimava o sacrifício supremo dos indivíduos; o Estado administrava numerosas atividades da vida econômica.
-Hiper-tudo: extremos. Delineiam-se duas tendências contraditórias. De um lado, os indivíduos, mais do que nunca, cuidam do corpo, são fanáticos por