TNT o telhado daqueles que não existem
Num mundo onde aquilo que está na “moda” vem em primeiro lugar, aqueles que muitas vezes precisam de uma atenção maior são esquecidos e, muitas vezes, levando em conta sua vulneração são classificados como invisíveis e outras ‘quando vistos’ acabam rechaçados. Os anos passam, e aquilo que sai de moda vem a eles em forma de doação ou muitas vezes vão ao lixo, que na maioria das vezes são reaproveitados e se tornam peças de manta, que está na família dos TNTs e, hoje é o que muitas vezes os isolam do frio das grandes metrópoles – São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, entre outras – onde moradores de rua são como manequins, mas que mostram outra realidade, longe das passarelas.
Para os que acompanham alguns websites, no que diz respeito aos moradores de rua e suas condições, nas últimas semanas, um website, de autoria pessoal ficou em evidência ao tratar sobre os materiais disponibilizados aos mesmos para que pudessem, pelo menos, se proteger do frio – mantas compostas de refugo de confecções têxteis diversos –, muitos comentários apareceram, e a procura do TNT surgiu com grande interesse para que as pessoas pudessem doar. A procura não foi somente aos moradores de rua, mas também a animais de rua ou abrigos que cuidem dos mesmos – animais e mendigos – onde uma crítica se gerou: mendigos e animais que vivem, muitas vezes, junto às ruas são tratados pela sociedade como iguais?
Em Brasília em 2009 ocorreu o primeiro censo e pesquisa nacional da população em situação de rua. Tal fato demonstra o desinteresse e a carência de dados concretos que as instituições governamentais possuem aos mesmos, e esse desconhecimento do Estado, das autoridades que o representam e dos demais habitantes da cidade a respeito da população de rua torna esses indivíduos ainda mais desprotegidos e desvalorizados, comparando-os a meros animais de rua, esquecendo que, na verdade, são seres humanos; pessoas que têm sentimentos e que hoje, aparentemente,