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No Brasil, reservatórios foram construídos nas principais bacias hidrográficas, para fins de abastecimento humano, irrigação e, principalmente, geração de energia elétrica. Como resultado, praticamente todos os grandes rios estão hoje sob influência de barragens, sendo que mais de 700 grandes reservatórios encontram-se espalhados pelos rios do País.
Apesar de importantes para o desenvolvimento econômico, os barramentos promovem alterações graves e irreversíveis no regime hidrológico natural dos rios, alterando também a qualidade dos hábitats e a dinâmica de toda a biota. Na região do reservatório, o principal impacto é decorrente da alteração de ambiente lótico para lêntico, que influencia sobremaneira a fauna aquática, inclusive peixes. Esses impactos apresentam variações temporais e espaciais relevantes.
Logo após a formação de um reservatório, há aumento da riqueza de espécies de peixes devido à incorporação de diversos hábitats, que tende a diminuir à medida que o reservatório envelhece. Porém, os impactos a jusante de reservatórios parecem ser tão ou mais importantes que os de montante, devido a alterações no ciclo de cheias sazonais (controle de vazão).
Estes efeitos são mais relevantes quando os reservatórios são construídos em cascatas. Barragens, então, causam profundas alterações na composição e estrutura das assembléias de peixes.
As espécies mais afetadas são as reofílicas: são aquelas que desempenham longas migrações e que precisam de diferentes tipos de hábitats para completar seus ciclos de vida. As populações dessas espécies podem, em certas circunstâncias, entrar em colapso ou mesmo desaparecer.
As ações de manejo tomadas para minimizar os impactos das barragens historicamente